Sobre o amor.

"Foi o melhor que você já teve?

Foi o pior que você já conheceu?

Eu tentaria te dizer o que penso

E brincar como se fosse uma piada

Oh, sem mais surpresas, acho que é assim"

~ Alien Blues, Vundabar, traduzida

    "Eu te amo, mas não do jeito que a gente precisa pra ter alguma coisa"

    Essa, meus caros, é uma frase muito conhecida na cultura popular ao longo dos séculos. Uma frase utilizada por imbecis que usam as pessoas e depois estouram o balão de ar quente delas até que elas caiam na sarjeta. Dados comprovam que isso se deve à simplificação do conceito de amor, que na Grécia antiga era um objeto de estudo múltiplo e complexo, digno do olhar dos mais rebuscados poetas. Dito isso, vamos à uma pequena aula de história e etimologia:

   

    Eros: O amor da atração, da paixão, do erotismo. Não sei se me parece certo, mas do meu ponto de vista, a gente tinha algo de muito sensual rolando. Mas talvez eu tenha me perdido nesse jardim da delícias e confundi a verdade com a mentira, já que as duas sempre usaram o mesmo traje. Meu bem, amarelo e vermelho dá laranja mas parece que esse fato vai cair no esquecimento.

    Pragma: O amor duradouro, do dever, do compromisso. Nem preciso dizer que esse foi o seu maior medo. Não importa, agora ele não vai mais te assombrar, bons sonhos!

    Ludus: O amor lúdico! Casais que acabam de se conhecer e trocam carícias, piadas e flertes. (Um amor que eu nunca vou esquecer.)

    Ágape: O amor com abnegação. Não sei, me parece que além de você ter muitos interesses e ocultos, eu te dei ainda mais do que você veio buscar. (funcionou, docinho?)

    Philia: A amizade profunda; Sabe, eu gosto tanto de você que até poderia funcionar. Se você não tivesse me fodido direitinho e não do jeito que eu queria, uma semana antes do meu aniversário, agora foda-se você, sua mãe, seu cachorro, e todas as suas ex que não tem nada a ver comigo! 

    Storge: É o amor compartilhado entre os membros da família. No final, um dos poucos nos quais se pode confiar.

    Mania: Amor obsessivo. Era quase o que eu sentia quando você me respondia no final do dia e eu sentia que podia respirar, quando cada mídia sua me fazia flutuar, e até mesmo quando você começou a se afastar e eu dizia: a culpa é minha? (vai se ferrar!)

    

    Dito isso, não sei, parecia haver amor o suficiente, ou você é um ator do caralho

    (vai ver era só um otário).

    E tem mais um!

    Olha:

    Philautia: amor próprio. 

    Esse que estou aprendendo a construir, tá me fazendo seguir em frente.

    Eu sobrevivi ao resto, eu vou sobreviver a essa.

(Isso é tudo uma grande mentira e eu ainda te amo)