1 palito de fósforo




Estou contente e quero morrer.
Isso normal, fácil de se ver
Quero vomitar
Expurgar
Ferver
Lavar o banheiro de terminal
Que a minha alma passou a ser
Tem merda no espelho
E camisinha usada no cesto
Jamais será cômodo
(outro)
e, nem
Nunca 
Foi
Pra ser.
Frances-pra-sempre
está a transcender

O terminal está vazio
E estou sozinha no inverno
(em mim)
Caçando cigarro na lixeira
Que puta sensação ruim
A vida me deu 1 fósforo
Você era tornado 

foi 
o fim.

Assustada eu me pergunto
O nascimento conceitual de eu e você 
A gente se escreve Junto?
Meu amor, quero te ter.
Não posse
Mas qual é a palavra?
Pertencer.
Você me pertence
No ato de me olhar e crer
Que eu sou mais que um banheiro publico fodido.
Mais que um terminal vazio.
Mais que um fósforo gasto errado.
Mais que um um inverno rígido.
Mais do que o ambiente que vivo
Mais que eu e você
Mas que algo incrível
Mais que terrível

Alguém explica a diferença de infinito 
E ínfimo
Porque eu perdi tempo
nessa dualidade estúpida
O justo inverso
Eu sou um átimo
e
isso
é 
lindo.

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